Como resolver problemas e criar empresas potencialmente lucrativas no pós-pandemia?

Não existe fórmula mágica para conseguir ideias de negócios inovadores. Porém, saber fazer as perguntas certas pode nos conduzir a caminhos mais seguros, e esse é o objetivo deste artigo. Então, aperte os cintos e boa leitura! 😀

Albert Einstein disse que “os problemas significativos não são resolvidos no mesmo nível de pensamento em que são criados”.

Lair Ribeiro cita como exemplo a questão de transportes. Ele diz que, se sua cidade está com problemas de mobilidade urbana, e você não pode resolvê-lo através de carros, pois já existe uma grande quantidade deles, a sequência de raciocínio se dá da seguinte forma:

  1. Preciso possibilitar uma melhor e maior locomoção no contexto urbano;
  2. Incentivar a aquisição de carros não é uma opção viável, pela quantidade;
  3. Qual é o nível de raciocínio acima de carros?
  4. Resposta: transporte;
  5. Qual outro tipo de transporte ainda não está saturado, e que eu posso utilizar?
  6. Resposta: metrô.

Assim, você sobe o nível de raciocínio, encontra uma variedade de opções, e escolhe a mais viável.

Nesse ponto, eu convido você a dar uma olhadinha novamente na imagem do início desse texto.

O que você consegue ver? O que você consegue imaginar?

Camada de Digital = subir um nível de raciocínio?

Olha que interessante: será que podemos entender que a infraestrutura digital que existe sobre o mundo físico é, na verdade, um nível de raciocínio acima que nos possibilita encontrar novas soluções para problemas?

Esse é exatamente o raciocínio do conceito de Smart Cities, ou Cidades Inteligentes: encontrar ou propor soluções para problemas existentes a partir da utilização de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), que aqui podemos sintetizar simplesmente em Digital.

Um exemplo interessante é o seguinte: digamos que existam, em uma determinada cidade, três rodovias principais, todas com alto fluxo de trânsito.

A solução convencional seria construir mais uma via, concorda?

Porém, a quantidade de dinheiro, tempo, trabalho e impacto (muitas vezes ambiental) envolvido nessa empreitada é enorme.

Dessa forma, uma solução que encontramos no contexto das Smart Cities é a utilização de sensores que detectam o fluxo de trânsito em cada uma das rodovias e o gerencia, de forma a balancear o número de veículos que por ela trafegam, direcionando mais veículos para as rodovias com menor tráfego e equilibrando, assim o trânsito.

Ainda é possível avançarmos um pouco mais no raciocínio: imagine que o “software principal da cidade” armazena os trajetos diários da maioria dos veículos, que o Senhor Antônio possui o seu veículo rastreado por tal sistema e que todos os dias, às 6h30 da manhã, vai ao trabalho utilizando o mesmo trajeto.

Se neste trajeto houver algum acidente no momento em que Senhor Antônio estiver saindo de casa, o “software principal da cidade” identifica as variáveis e pressupõe que o Senhor Antônio, muito provavelmente, vai ao trabalho através do mesmo trajeto.

Imediatamente o Senhor Antônio recebe uma mensagem no smartphone informando que houve um acidente no trajeto que ele utiliza todos os dias para ir ao trabalho e que, para evitar chegar atrasado, é necessário que ele trafegue pelo trajeto Y.

Agora imagine essa possibilidade não somente para o Senhor Antônio, mas para toda a cidade!

Nesse ambiente, temos todo o fluxo da cidade gerenciado “conscientemente” através de um software, que pode muito bem utilizar recursos de Inteligência Artificial, visando gastar o mínimo de tempo de cada cidadão e, como consequência, melhorar a qualidade de vida dos motoristas e reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera!

Quais novas soluções você consegue imaginar?

Agora é sua vez. Veja que, repensando toda a situação a partir do ponto de vista digital, é possível imaginarmos a solução para muitos problemas que até então estão sem solução, ou que já necessitam há muito tempo de uma solução mais viável (ou soluções mais viáveis), como o nosso sistema educacional, por exemplo.

No momento em que digito esse texto, inclusive, estamos em tempos de pandemia. Tempos em que nunca, na história recente, passamos por tantos problemas e, igualmente, presenciamos tantas possibilidades de novos negócios inovadores.

Perceba que, se antes da pandemia, havia a possibilidade de ir postergando decisões pelo simples receio de mudar, hoje, ou a grande maioria das empresas aprende a abraçar a cultura de mudanças, ou simplesmente sai do jogo.

Então, nesse momento faço uma provocação a você: quais novas soluções você consegue imaginar, partindo do ponto de vista digital? Quais negócios você consegue criar, no intuito de resolver esses problemas, utilizando a abordagem imaginada?

Em outras palavras, como diz Morela Hernandez no artigo “What New Normal Should We Create?”, “Que novo normal você criará?”.

Agora, que tal compartilhar esse artigo com um amigo ou amiga para que ele ou ela também possam imaginar novas soluções? Talvez você possa ganhar até um sócio ou sócia, como resultado!

E por enquanto é só. Abraços, e muito sucesso!