Como podemos ver no artigo “Elon Musk’s Failed Promises of Tesla’s Fully Autonomous Vehicles Show the Grand Failure of the Tech” do The Last Futurist, Elon Musk está enfrentando problemas quanto ao fato de seus veículos ainda não serem totalmente autônomos.

Inclusive, a Alemanha emitiu recentemente uma decisão judicial proibindo a utilização, no site da Tesla, de termos que induzem o entendimento de que de que os veículos ou têm o potencial para serem totalmente autônomos.

O artigo referido ainda informa que o fato de que muitas das promessas de Musk sobre o assunto estão ocasionando uma descrença na possibilidade de se alcançar de fato a tecnologia de um veículo autônomo, e é exatamente nesse ponto que quero fazer uma reflexão interessante com você.

Promessas exageradas no campo da Inteligência Artificial x Desilusão/Decepção x Possibilidades

No livro “Oportunidades Exponenciais: um manual prático para transformar os maiores problemas do mundo nas maiores oportunidades de negócio… e causar impacto positivo na vida de bilhões”, Peter Diamandis comenta sobre os 6 Ds (digitalização, decepção, disrupção, desmonetização, desmaterialização e democratização), e um desses Ds, o Decepção, é o que nos ajudará aqui no nosso raciocínio.

Decepção, também referenciado por Diamandis como “crescimento disfarçado”, representa o período no qual o crescimento da tecnologias exponenciais ocorre quase despercebido, pois como diz o autor, “a duplicação de números pequenos produz resultados tão minúsculos que ela em geral é confundida com o lento progresso do crescimento linear”.

Este não é o caso de Musk no que diz respeito aos carro autônomos. O problema da Tesla são as promessas extravagantes que, como podemos ver no artigo “A inteligência artificial pode ser confiável?”, da MIT Sloan Review Brasil, edição 0, “tecnologias como computação cognitiva, machine learning e deep learning, muito incensadas, tendem a logo cair na vala comum da desilusão”.

Porém, o que quero raciocinar junto com você é: independentemente do motivo de a tecnologia estar no vale “vale da desilusão” (ou por duplicação de números minúsculos, ou por promessas exageradas), não podemos simplesmente relaxar e pensar que tudo não passa de promessas ou de ficção científica.

Voltando-nos para a obra referenciada de Peter Diamandis, após o “Decepção”, o próximo D é o “Disrupção”. É aqui onde o crescimento é tão radical que, como diria Murilo Gun, ficamos até confusos, sem saber o que de fato está acontecendo.

Dessa forma, vale o conselho/raciocínio do Filipe Deschamps (nesse vídeo) sobre se ainda vale a pena aprender programação após o surgimento do GPT-3: quanto mais perto da tecnologia eu estou, mais rápido conseguirei identificar tendências e segui-las, e menor será o impacto para mim.

Ficou curioso sobre o que é o GPT-3? Dá uma olhadinha no artigo “Quanto tempo falta para a Inteligência Artificial dominar o mundo?”.

Por enquanto é só. Abraços e muito sucesso!