Transformação Digital: Entenda de uma vez por todas!

Transformação Digital é um termo que está na moda atualmente. No entanto, muito mais que um modismo, Transformação Digital representa um fenômeno de profundas mudanças às quais você deve se adaptar, independentemente de onde você mora, com o que trabalha ou o que estuda.

Antes de continuar, preciso te dizer que esse artigo tem bastante conteúdo e, provavelmente, vai demorar algo em torno de dez a quinze minutos pra você fazer uma leitura interessante.

Mas, se você estiver um pouco apressado, criei esse vídeo logo abaixo, que é um resumo do texto. No entanto, quando você tiver um tempinho a mais, é legal voltar ao texto para se aprofundar mais um pouco nesse tema que é muito importante para todas as profissões. Combinado?

Este artigo está divido nas seguintes seções:

É extremamente importante para você entender as três perspectivas, já que de uma forma ou de outra, atualmente, todos temos que ser empreendedores, precisamos de professores e, no mercado atual, qualificação é sinônimo de aprendizagem rápida e constante.

No entanto, caso você esteja realmente sem tempo nesse momento e precisa priorizar um dos tópicos, basta dar um clique em um dos subtítulos acima. 😉

Você já parou para pensar que cada nova tecnologia disponibilizada no mercado, a qual você tem acesso, acaba causando uma certa mudança na sua rotina diária?

Estamos prestes a embarcar em uma viagem que pontuará algumas das tecnologias mais utilizadas nos últimos 15 ou 20 anos. Como cada tecnologia pode ser utilizada de formas diferentes e chega às mais diversas sociedades em tempos diferentes, gostaria que, ao ler suas referências, você procure lembrar de como você e as pessoas ao seu redor as utilizavam e quais as influências que estas tecnologias causavam na sua rotina diária (caso você as tenha visto, utilizado ou vivenciado).

Tomemos como exemplo inicial o bom e velho disquete: com ele, era possível armazenarmos centenas de arquivos de texto, e transportá-los facilmente entre computadores de casa e do trabalho.

Mais ou menos por essa época, os softwares de troca de mensagens instantâneas mais utilizados eram o mIRC e o ICQ, os quais geralmente reuniam um público mais íntimo da informática – que, diga-se de passagem, naquela época era bastante enigmática para o público em geral.

O disquete deu lugar ao CD-ROM e, em seguida, ao DVD-ROM, e já éramos capazes de transportar maiores quantidades de dados. Com essa possibilidade, intensificou-se a pirataria de filmes (VCDs, DVDs…). Um grande número de videolocadoras surgiu e foram baseadas no modelo de locação de cópias ilegais, dentre outros.

Com uma maior popularização dos computadores, surgiram também centenas, milhares de outros empreendimentos: as LAN Houses. Em meados dessa época, o ICQ e mIRC deram espaço para o MSN Messenger, época na qual surgiu a febre pelas redes sociais, com destaque especial ao Orkut.

Por diversos motivos, MSN Messenger e Orkut deram espaço para o Facebook, que levou cada vez mais pessoas para o mundo digital.

Então os aparelhos celulares evoluíram, e deram espaço para os smartphones: dispositivos dotados de várias funções, dentre as quais realizar e receber chamadas passaram a ser as de menor importância. Os smartphones passam a suprir nossa necessidade de acesso ao mundo digital, o que resulta no início do desaparecimento das LAN Houses.

Os smartphones então tiveram sua capacidade de processamento e armazenamento ampliada, e os PCs e notebooks (lembra-se também do breve netbook?) perderam seus tronos como ferramentas de acesso ao mundo digital, o que passou a fazer mais sentido chamarmos de vivência no mundo digital, pois as pessoas passaram a permanecer conectadas o tempo todo.

Aplicativos como o Instagram e o WhatsApp saíram do absoluto zero e passaram a valer bilhões de dólares em poucos meses, assim como também transformaram nossa forma e frequência de comunicação.

O acesso à nuvem popularizou-se, o que não somente provocou uma grande redução no uso dos pendrives e cartões de memória (devido ao Google Drive e Dropbox, por exemplo), como também possibilitou o surgimento de diversos grandes empreendimentos através de um modelo chamado SaaS (Software as a Service) ou, na Língua Portuguesa, Software como Serviço. Baseada nesse modelo, surge a Netflix, que provoca o início do desaparecimento das videolocadoras.

Uffa, quanta coisa! Não é?

Mas, se você conseguiu imaginar ou relembrar a rotina das pessoas na época de cada uma (ou, pelo menos, de algumas) das tecnologias citadas, percebeu que a tecnologia não somente influencia, mas muda completamente a forma como nos comunicamos, compramos e vendemos, nos relacionamos, estudamos… Em fim, muda a nossa cultura.

Agora, responda sinceramente:

  • E você, como estudante, tem mudado sua forma e velocidade de aprender? Tem conseguido adaptar-se ao mercado na mesma velocidade na qual as mudanças ocorrem?
  • E você, como empreendedor, mudou sua forma de gerar e entregar valor? Mudou sua forma de relacionar-se com seus clientes e prospects? Mudou sua forma de divulgar seus produtos e serviços?
  • E você, como professor, tem mudado sua forma de ensinar? Tem criado ambientes de aprendizagem, ao invés de “repassar” conteúdos provavelmente já vistos pelos alunos na internet? Tem acompanhado as mudanças no mercado para orientar seus alunos a respeito dos conhecimentos que mais serão relevantes para eles no mercado de trabalho?

Infelizmente, na maioria dos casos, a realidade é que não há mudança alguma. Há séculos (ou até milênios), empreendedores continuam alugando pontos físicos, colocando suas mercadorias nas prateleiras e esperando os clientes aparecerem repentinamente, professores continuam ministrando aulas através mesmo modelo de ultrapassado, no qual somente o professor fala, e o aluno apenas observa (ou dorme).

Dos exemplos citados anteriormente, apenas o grupo dos estudantes sofreu uma pequena mudança: o advento (e evolução) dos cursos EAD possibilitou, às pessoas individuais ou populações de qualquer localidade conectadas à web, acesso à conteúdos de altíssima qualidade. No entanto, como veremos, desejar e ativamente participar das mudanças, buscando antecipar-se, é completamente diferente de apenas seguir a moda e aproveitar o que “todos” já estão aproveitando.

A seguir, abordaremos brevemente características e necessidades de empreendedores, professores e estudantes quanto à transformação digital. Acredito que, dos três tópicos, você terá interesse em pelo menos dois, pois…

  1. Estudantes todos temos que ser atual e constantemente, devido à grande quantidade e velocidade das mudanças mercadológicas;
  2. Caso você seja (ou pretenda ser) empreendedor, é necessário estar atendo ao mercado atual (entendendo a palavra mercado, especificamente nesse ponto, como sendo pessoas + tecnologia + novos problemas + novas necessidades + novas formas de gerar e entregar valor);
  3. Caso você seja professor, é necessário entender (ou discutir) sobre as mudanças culturais (ou até mais especificamente comportamentais) que a tecnologia (ou inovações tecnológicas) tem causado com o passar do tempo e qual sua influência na forma como os alunos (pessoas) aprendem em sala de aula.

Obs: obviamente existem diversos outros pontos a serem mencionados. No entanto, para o momento, visando um texto melhor compreensível, prossigamos com nossa conversa. 😉

Transformação Digital na Perspectiva de Empreendedores

Transformação Digital na Perspectiva de Empreendedores

Nunca, na história da humanidade, vimos tantas oportunidades, e tão grandiosas, quanto as que estamos vendo agora. É quase fabuloso ver casos como o do Marcelo Ostia que, por falta de recursos, já foi obrigado a dormir em um estacionamento, e pouco tempo depois tornou-se um grande empresário (você pode ver nesse link), ou até mesmo casos como o do Rick Chester, que deixou de vender água na praia e foi ministrar palestra em Harvard (você pode conferir nesse outro link).

Conforme comentado anteriormente, os motivos para o surgimento de tais oportunidades são principalmente a evolução tecnológica, com ênfase na Tecnologia da Informação, e a nossa consequente mudança comportamental individual e em sociedade.

Se hoje, por exemplo, tenho qualquer dúvida, pergunto ao Google. Se quero ou preciso ir para alguma cidade ou localidade desconhecida, uso o Google Maps e conjunto com o GPS embutido no meu smartphone. Se quero uma refeição rápida e de qualidade sem ter que “perambular” por toda a cidade, utilizo algum aplicativo, como o iFood. No entanto, se realmente preciso ir de um ponto a outro na cidade, e ainda quiser fazê-lo de forma mais rápida e gastando menos dinheiro, utilizo o Uber.

E não para por aí: utilizamos a internet atualmente para cursar uma graduação ou pós-graduação, melhorar nossa qualificação técnica, fazer novas amizades e relacionamentos, criar, validar e manter novas empresas/startups, vender produtos e serviços (digitais ou analógicos), assistir a filmes… Enfim, a maioria dos nossos afazeres diários, atualmente, estão absolutamente fundamentados na Tecnologia da Informação.

Nesse novo ambiente, no qual o mundo normal e natural passa a ser o mundo digital, surgem novas formas de pensar, novas formas de resolver velhos problemas, surgem novos problemas e suas soluções e, até mesmo, soluções para problemas que nem imaginávamos que existiam e que eram presentes na nossa realidade.

Como exemplo do pensamento anterior, ao invés de citar referências astronomicamente distantes da nossa realidade, simplesmente imaginemos nossos pais ou avós: vivem reclamando que a juventude está “grudada” no smartphone, que não fazem outra coisa da vida, e que não precisam desses “celulares modernos” para nada. No entanto, quando ganham um smartphone, lá estão eles passando várias horas do dia naquele aparelho que até então era obscuro, mas que agora, repentinamente, apresenta inúmeras utilidades.

Entenda as empresas tradicionais, nesse momento, como sendo nossos pais ou avós: eles existem e estão vivos, mas sua mentalidade ainda está funcionando de acordo com as regras do passado e, muitas vezes, recusam-se a enxergar a nova realidade. A diferença é que, no caso dos nossos pais e avós, a invenção de uma nova tecnologia disruptiva não os expulsará “do mercado”.

Exemplos de soluções que surgiram como simples aplicativos e se tornaram grandes empresas já existem aos montes. No entanto, para deixar o nosso texto enxuto e melhor compreensível, citarei apenas dois: o Airbnb, que está abalando toda a indústria hoteleira global (avaliada atualmente em 30 bilhões de dólares), e o Uber, que está abalando toda a indústria taxista mundial (avaliado atualmente em 120 bilhões de dólares).

É importante observar que ainda nem estou falando em tecnologias verdadeiramente disruptivas como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, a Impressão 3-D e Biologia Sintética, por exemplo. Dedicarei outros artigos para abordar tais temas, pois trazem potencialmente tanta mudança social e econômica que talvez seja melhor dedicar um artigo para cada assunto.

Bom, como resultado de tantas mudanças, todo o modelo de negócios de empresas tradicionais precisa ser repensando, partindo de um ponto de vista digital pois, conforme Silvio Meira comenta nesse vídeo, plataformas analógicas não mais permitirão que você seja competitivo, e não apenas as puramente analógicas, mas também as “analógicas com capa digital”.

Em outras palavras, já não basta adaptar o seu negócio ao mundo digital. Aquela história de fazer um site para sua empresa, ou publicar seus anúncios em redes sociais já não conta mais. Essas são atitudes que apenas retardarão um pouco a morte do seu negócio.

Quer um exemplo prático? Vamos lá:

Imagine que você é dono de um pequeno supermercado em uma cidade não muito pequena (tome como referência algo em torno de 200 mil habitantes). Para não ficar fora do mundo digital, você solicita para alguma empresa a criação de um website, cria um perfil em algumas redes sociais e posta suas ofertas nesses locais.

Imagine agora que, repentinamente, aparece um aplicativo que permite às pessoas realizarem compras de todos os itens de supermercados diversos. Como recursos adicionais, ele ainda possibilita que os usuários registrem os produtos, de forma que o próprio aplicativo possa realizar automaticamente a compra, logo após pesquisar em qual supermercado a compra custará o menor preço. Talvez, tal aplicativo possa até realizar compras de produtos diferentes em supermercados diferentes, tornando ainda mais baixo o valor gasto mensalmente.

Agora coloque-se no lugar no usuário: se o aplicativo que você acabou de imaginar consegue fazer tudo isso automaticamente para você, e suas compras chegam mensalmente na sua residência por meio da entrega oferecida pelas próprias empresas, por qual motivo você irá sair de casa, gastando tempo no trânsito, combustível e talvez até pagando algum estacionamento?

Veja que, nesse contexto, deixa de fazer sentido a existência de supermercados abertos, e passa a fazer mais sentido a existência de depósitos de mercadorias que promovam a entrega dos produtos em um tempo adequado aos clientes.

Note agora que tais depósitos, exatamente como foram descritos, não passaram pelo processo de transformação digital. Seus fundadores apenas aproveitaram uma oportunidade de mercado que surgiu no contexto citado. Esse não é o objetivo que tenho para você ao escrever/digitar esse texto.

E como seria transformar digitalmente seu supermercado?

Seria você criar esse aplicativo, com todas (ou parte, ou até mais) as funções referenciadas, e especificamente para o seu supermercado, para que a sua empresa entregasse tais produtos. Assim, você fidelizaria sua clientela, de acordo com o que faz sentido, tomando-se como referência as facilidades que encontramos hoje em dia.

Talvez, fizesse mais sentido, dependendo dos resultados, você deixar de lado o seu supermercado tradicional e abrir o aplicativo para permitir a realização de compras em todos os outros supermercados, tal como foi citado no exemplo inicial. É provável que seu faturamento fosse bem maior, seguindo tal modelo. Isso sim é Transformação Digital! Esse é o objetivo que tenho para você ao escrever/digitar esse texto!

No entanto, mudar não é fácil, e na maioria das vezes não sabemos por onde começar ou o quê fazer. Pensando nisso, criei esse pequeno e-book gratuito para ajudar você a dar os primeiros passos rumo à Transformação Digital. Baixe-o, leia-o e comece agora mesmo a traçar novos e melhores caminhos para o seu futuro!

Transformação Digital na Perspectiva de Professores

Transformação Digital na Perspectiva de Professores

Conforme comenta Paulo Vicente Alves, no seu livro Jogos e Simulações de Empresas, o sistema de educação atual foi criado no contexto da Revolução Industrial. Baseado na repetição de processos, assim como em um ambiente fabril, o objetivo era qualificar os alunos para uma vida em uma indústria.

O problema é que, séculos depois, o sistema educacional não passou por grandes mudanças pois, conforme Michelle Sander comenta  nesse vídeo:

“Se você pegar um médico de duzentos anos atrás e colocá-lo numa sala de cirurgia de hoje, provavelmente esse médico não entenda nem que instrumentos são aqueles para operar. Se você pegar um professor de duzentos anos atrás e colocá-lo numa sala de aula tradicional de hoje, provavelmente ele vai se sentir muito familiarizado com aquele ambiente.”

O raciocínio acima é meio impactante, concorda? Talvez, você até queira rejeitá-lo em um primeiro momento. Mas você há de convir que, fora das paredes da escola, os alunos não se conectam, mas estão conectados à web o tempo inteiro. Através dos seus smartphones, conseguem comunicar-se com inúmeros contatos, independente da sua localização no globo terrestre, através das mais variadas redes sociais.

Agora, pense um pouco e responda: e dentro da escola, eles podem acessar alguma dessas redes durante as aulas?

Certamente, não estou falando em o aluno ficar debatendo assuntos fúteis enquanto a aula acontece. No entanto, e se utilizássemos grupos do WhatsApp para promover discussões a respeito dos temas da aula? E se elaborássemos questões no início da aula, para que os alunos realizassem pesquisas através do seu smartphone e postassem a resposta no grupo do WhatsApp, ganhando alguma pontuação aquele (aluno ou grupo) que primeiro registrasse a resposta?

Percebe como a coisa muda um pouco de figura?

Veja que, assim, os alunos utilizariam a mesma ferramenta que já utilizam fora da escola, porém, para fins de aprendizagem. É muito provável que, assim, o professor não tenha que competir com o WhatsApp pela atenção dos alunos.

Outra realidade importante a ser lembrada é que, atualmente, fora da escola, as pessoas têm a possibilidade de aprender qualquer coisa sobre qualquer coisa, em diversos níveis e gratuitamente, seguindo o seu próprio ritmo e escolhendo o material que mais achar adequado na forma que lhe seja mais interessante.

Na escola, no entanto, são obrigadas a aprender aquilo que está em um cronograma predefinido, na sequência estipulada, através de puras explicações em um quadro e, quando muito, acrescentado de slides sem graça ou de pesquisas chatas sobre assuntos que não lhe interessam e que, provavelmente, nunca utilizarão no seu dia a dia pessoal ou até mesmo profissional.

E aí? Qual seria a solução nesse caso?

Como podemos ver nesse vídeo, Silvio Meira tem o seguinte posicionamento:

“Se no passado eu tinha que decorar coisas, agora eu tenho que aprender processos, métodos e estruturas, no nível meta acima do conteúdo, para que eu elicite, elabore, capture e gere conhecimento novo, realizando processos de cooperação, com os sistemas, com as pessoas, com as redes ao meu redor.”

Em outras palavras, ao invés de eu chegar na sala e ficar ouvindo o professor, tentando aprender os conhecimentos do professor, agora eu tenho que não somente aprender a aprender, mas também como fazê-lo em grupo e para o benefício do grupo, utilizando a grande variedade de aplicativos que temos à nossa disposição, seja no nosso smartphone, em algum servidor na internet ou ambos.

Isso se deve ao fato de que, como podemos ver aqui e aqui, o mercado de trabalho transforma-se cada vez mais rápido, principalmente devido ao atual estágio de evolução das Tecnologias Exponenciais, com destaque especial à Inteligência Artificial, que está prestes a substituir não somente profissões como motoristas e mestres de obras na construção civil, mas também professores, médicos e advogados.

Nesse contexto, fica uma pergunta: como deve ser a escola que prepara alunos para os alunos para as profissões do futuro?

Certamente não temos todas as respostas mas, segundo Luciano Meira, nesse vídeo, o primeiro passo é: deixar de ensinar e começar a promover ambientes de aprendizagem. Para tal, não é necessário ter acesso à tecnologias de ponta. Basta que o professor deixe de ser o ator principal do espetáculo da aula, e “passe a bola” para os alunos.

Dessa forma, o professor na sala de aula deixa de ser o dono da informação (que, inclusive, já não é mais há um bom tempo), e passa a ser um orientador, um apontador de caminhos possíveis de sucesso, um compartilhador de experiências que não são facilmente encontradas e uma fonte de inspiração e motivação que inspira os alunos a serem cada vez melhores e a buscarem fazer a diferença na sociedade e no mundo.

Note que, para isso, não precisamos necessariamente de tecnologia, pois trata-se de uma mudança de mindset, o que nos permite educar de forma inovadora em absolutamente qualquer lugar. No entanto, nos lugares onde o acesso à tecnologia não é um obstáculo, temos algumas ferramentas e facilidades a mais, como no caso do software baseado em Inteligência Artificial utilizado no grupo de escolas Summit Public Schools, A grosso modo, a dinâmica das aulas nesse grupo de escolas ocorre da seguinte forma:

  1. Cada aluno recebe digitalmente uma lista de problemas a serem resolvidos, chamada lá de playlist;
  2. Cada playlist contém uma sequência de locais a serem visitados, incluindo websites dos professores, de instituições de compartilhamento gratuito (como a Khan Academy), aplicativos e outras fontes;
  3. Enquanto os alunos estão resolvendo os problemas, o algoritmo baseado em Inteligência Artificial analisa o desempenho de cada aluno individualmente, de forma a identificar em qual ponto especificamente cada um apresenta dificuldades;
  4. Ao observar determinada dificuldade, o professor monta um workshop para o aluno ou alunos que apresentaram tal dificuldade.

Dessa forma, tal dinâmica educacional não representam aulas pois, nas palavras de Luciano Meira, tal professor está “oportunisticamente apoiando a aprendizagem desses alunos através de uma playlist analisável, e isso é um ambiente imersivo de aprendizagem”.

Agora, que tal aprender mais uma técnica simples e que gera um grande impacto positivo de engajamento nas suas aulas? Para isso, criei esse e-book, que você pode baixar gratuitamente. Boa leitura, e boas aulas! 😀

Transformação Digital na Perspectiva de Estudantes

Transformação Digital na Perspectiva de Estudantes
Deixei propositalmente essa seção para o final porque, se você leu o texto até aqui, certamente deve estar se perguntando:

Se o mercado está completamente mudado e modificando-se aceleradamente, e se a escola não está me orientando o suficiente para que eu esteja preparado para essa nova realidade, o que eu devo fazer?

A resposta é: estudar por conta própria!

Sério! 😀

Não é à toa que Apple, Google e IBM, dentre outras grandes companhias, não estão mais exigindo nível superior, como podemos ver nesse artigo.

Laszlo Block, ex-presidente sênior de operações de pessoas da Google, diz que pessoas que não vão à faculdade e trilham seu próprio caminho são pessoas excepcionais, e deve ser feito de tudo para encontrá-los.

A questão, na verdade, é um pouco mais além. Segundo esse artigo, 80% das carreiras atuais serão extintas até 2030 (comentamos mais a respeito no tópico anterior), e o problema desse cenário é que as universidades atuais apenas conseguem qualificar pessoas para os cargos que existem hoje.

Percebe o grande problema? Cada vez mais, um número maior de pessoas, quando concluírem sua graduação, ficarão sem emprego, porque o trabalho para o qual elas estão sendo qualificadas hoje provavelmente não exista mais quando concluírem seu curso.

Nesse momento, outra pergunta que talvez deva estar rondando sua mente talvez seja:

Então para quê estou cursando uma graduação?

Essa, inclusive, é a mesma dúvida que vários alunos têm apresentado nos últimos tempos, e a resposta mais bem elaborada que consegui entregar até hoje foi:

““Sabe qual é a diferença, na maioria dos casos, entre uma pessoa que tem um diploma de nível superior e outra que não o possui? É que o diploma, para quem concluiu nível superior, serve como prova que você esteve constantemente estudando durante os últimos anos. Logo, a grande quantidade de conhecimentos horizontais adquiridos durante o caminho, juntamente com a prática do estudo constante, indicam que você pode aprender qualquer coisa mais rapidamente que seu concorrente.”

Logicamente, exceto as exceções, essa afirmativa já é e torna-se verdade para cada vez mais cargos e setores de trabalho, pois o que importa no final das contas (e digo isso na experiência da visão de empregador), não são diplomas ou certificados, mas se você realmente consegue resolver os problemas inerentes ao contexto de determinado cargo.

Uma outra dica muito importante que posso te presentear agora, e talvez uma das mais importantes para sua carreira de estudante, diante do contexto mercadológico que estamos vivendo agora é:

Cara, se a maior parte das empresas (modelos de negócio ultrapassados) vai desaparecer nas próximas décadas, e se 80% das carreiras atuais não existirão até 2030, o que você tem que fazer para seguramente não ficar desempregado é:

CRIAR SEU PRÓPRIO TRABALHO!

(Antes de continuar, gostaria de te convidar para ler o tópico com a perspectiva de empreendedor, caso ainda não o tenha feito. 😉 )

De Youtuber a Cientista de Dados diversas, uma grande quantidade de carreiras têm surgido com os diversos tipos de exigência de habilidades. Um dos segredos para o sucesso, no entanto, que sempre foi e passa a ser verdade cada vez mais, nas mais diversas situações é:

“Escolha fazer o que você gosta, pois quem gosta do que faz, faz melhor e a cada dia vai mais longe. Agindo assim, o dinheiro vem naturalmente.”

E, finalmente, para o texto não ficar demasiadamente longo, compartilho agora com você as 10 habilidades do profissional do futuro (imediato), definidas pelo World Economic Forum, em 2016, nesse link. São elas:

  1. Resolução de Problemas Complexos;
  2. Pensamento Crítico;
  3. Criatividade;
  4. Gestão de Pessoas;
  5. Coordenação com os outros;
  6. Inteligência Emocional;
  7. Julgamento e Tomada de Decisões;
  8. Orientação a serviços;
  9. Negociação;
  10. Flexibilidade cognitiva.

Gostaria de entender como essas habilidades impactam diretamente no sucesso na criação de startups? Dá uma olhadinha nesse nosso e-book que preparamos para você! Boa leitura! 😀

E para você, que leu pacientemente esse texto até aqui, o meu muito obrigado! Desejo a você muito sucesso, e que você possa criar empreendimentos de alto impacto social pois, resolver problemas que perturbam ou limitam nossa sociedade, além de uma linha direta para o sucesso, é nobre!

Abraços,
Everton Patricio.